Indispensável na sociedade, o processo de tratamento da água é importante para transformá-la em um líquido potável e pronto para uso na indústria.
Para isso, no entanto, é preciso seguir um controle de qualidade rígido e alguns passos fundamentais. Entre as etapas mais importantes estão a coagulação e floculação.
Eles são responsáveis por preparar a água para a filtragem e a decantação, garantindo eficiência nas estações de tratamento de água (ETA). Quer entender melhor o assunto? Continue lendo nosso conteúdo!
Conhecida como a etapa inicial do processo de limpeza da água, a coagulação serve para resolver um problema simples: remover as partículas coloidais sujeirinhas extremamente pequenas, invisíveis a olho nu, que ficam suspensas na água e não se depositam naturalmente.
Essas partículas permanecem flutuando na água porque têm cargas elétricas semelhantes, que fazem com que se "repelem", impedindo que se agrupem e decantem (se depositem no fundo).
Para agrupá-las são usados os coagulantes e floculantes, especialmente produtos como o sulfato de alumínio. Quando estes são adicionados, promovem a neutralização de cargas, deixando essas partículas menos estáveis e prontas para se unir.
Esse processo acontece na chamada mistura rápida, uma etapa em que a água é agitada com velocidade para distribuir o coagulante de forma uniforme.
Feito isso, em poucos segundos, as partículas começam a formar os chamados microflocos estruturas ainda pequenas, mas que conseguem formar um pequeno bolo.
A floculação, por sua vez, acontece logo depois da coagulação. Nessa etapa, a água passa por uma mistura lenta, etapa essencial para que os microflocos se juntem e formem estruturas maiores e mais pesadas.
Esse processo é conhecido como formação de flocos, e é fundamental para a decantação (quando irão se separar do restante da água).
Vale ressaltar que uma das principais diferenças entre coagulação e floculação acontece em relação à mistura rápida e mistura lenta.
Elas têm funções diferentes e seus processos precisam ser respeitados para que o tratamento correto seja feito.
A combinação dessas duas etapas serve para remover impurezas invisíveis aos olhos nus. Sem esses processos, a água permaneceria turva e carregada de partículas que dificultariam a filtragem.
Eles também são fundamentais para reduzir a turbidez, deixar a cor da água uniforme (tirando o amarelado), retirar matérias orgânicas e sólidos em suspensão.
Veja também: Poliacrilamida: para que serve e como funciona este polímero floculante
Todo esse processo é feito para tornar o tratamento da água mais eficiente, garantindo a qualidade do resultado final e proporcionando economia ao evitar retrabalho.
Isso porque ao retirar grande parte das partículas da água ainda no início do tratamento, a filtração fica mais rápida, os filtros duram mais e a qualidade final da água melhora.
Além disso, a remoção antecipada de impurezas ajuda a reduzir o uso de desinfetantes químicos, deixando o tratamento mais seguro e diminuindo os riscos de contaminação.
As principais discrepâncias entre esses dois processos está no tipo de ação que ocorre em cada etapa.
A diferença entre elas é essencial para garantir que o processo funcione. Se a coagulação não ocorrer corretamente, a floculação não acontece de forma eficiente.
Se a floculação for mal conduzida, os flocos se quebram e não sedimentam, prejudicando toda a limpeza da água.
O processo pode ser feito de diferentes maneiras, mas, de modo geral, envolve quatro passos principais:
Em algumas ETAs, a decantação pode ser substituída pela flotação, dependendo da qualidade da água bruta.
Entre os produtos mais importantes no processo de tratamento de água, estão os coagulantes. Em geral, os mais utilizados são sais metálicos como o sulfato de alumínio, o cloreto férrico ou sulfatos ferrosos e férricos, e o policloreto de alumínio (PAC).
O sulfato de alumínio é o mais conhecido no Brasil, e se destaca por sua boa eficiência em águas com baixa turbidez e além de ter custo relativamente baixo.
Seu poder de ação é rápido e o produto é fácil de ser encontrado. No entanto, sua ação pode ser influenciada pelo pH da água ele funciona melhor em faixas entre 5,5 e 7,5 e também gera lodo em quantidade moderada, o que faz com seja necessário uma etapa de descarte rigorosa.
O sulfato de alumínio ferroso é uma variação que contém ferro em sua composição, o que pode ampliar a eficiência na remoção de cor e matéria orgânica. Ele atua como coagulante em diferentes tipos de água, apresentando boa performance em faixas de pH semelhantes às do sulfato de alumínio convencional.
Versátil, o produto é indicado quando se busca estabilidade operacional e quando a água bruta apresenta impurezas finas e difíceis de tratar.
Já os sais de ferro, como o cloreto férrico, são opções mais recomendadas para águas com turbidez elevada, presença de matéria orgânica mais densa ou ambientes onde o controle de pH precisa ser mais flexível.
O cloreto férrico, por exemplo, atua bem mesmo em águas com pH mais alto e tem forte capacidade de remover a cor e metais. Já os sulfatos costumam ter custo menor e são muito eficientes em condições específicas de pH e alcalinidade.
A principal desvantagem dos coagulantes à base de ferro é o cheiro forte e a possibilidade de gerar colorações amareladas no lodo ou no ambiente de aplicação, além da necessidade de cuidados com corrosão de equipamentos.
Por fim, há também os coagulantes polímeros inorgânicos, como o PAC (Policloreto de Alumínio). Estes oferecem maior estabilidade de operação porque têm composição padronizada e não dependem tanto do pH da água, como o sulfato de alumínio.
Na maioria dos casos, esses compostos proporcionam formação de flocos mais densos e sedimentação mais rápida, o que melhora a eficiência da decantação e reduz o consumo total de produto, aumentando a economia.
São ideais para ETAs que precisam de maior controle da qualidade final, para águas com variação constante da turbidez e para processos industriais.
Os floculantes podem ser orgânicos ou sintéticos, os mais usados incluem:
São derivados de fontes vegetais ou animais, têm alta biodegradabilidade e são considerados alternativas sustentáveis para aplicações que exigem baixo impacto ambiental.
Também são eficientes em partículas orgânicas e funcionam em águas com turbidez moderada, formando flocos estáveis sem interferir tanto no pH.
São os floculantes mais utilizados em ETAs modernas. Eles se destacam por oferecer alta eficiência mesmo em pequenas dosagens e por gerar flocos grandes, compactos e de rápida sedimentação.
As versões aniônicas são mais indicadas para águas com carga positiva residual após a coagulação; as catiônicas funcionam melhor quando há excesso de partículas negativamente carregadas; e as não iônicas são utilizadas em condições mais neutras, garantindo estabilidade operacional.
A principal desvantagem dos polímeros sintéticos é a necessidade de preparo correto da solução e o risco de superdosagem, que pode desestabilizar os flocos.
Menos comuns, podem melhorar o tamanho e a densidade dos flocos em situações específicas, especialmente quando se busca maior rapidez na decantação.
A aplicação deve seguir três princípios:
É importante atenção a esse passo, pois aplicações corretas garantem flocos mais estáveis, maior eficiência de remoção e menor consumo de produtos químicos.
Como você viu, a coagulação e floculação são etapas essenciais para a produção de água potável e para o bom funcionamento de qualquer sistema de tratamento.
Com a escolha adequada dos produtos corretos é possível garantir segurança, eficiência e economia em todo o processo.
Se deseja encontrar opções confiáveis, conte com a Conatus Ambiental. Nós oferecemos os melhores produtos para tratamento de água e efluentes, pensados para promover o cuidado com o meio ambiente.
Já pensou que você pode estar comprando produto adulterado? Você deve ter muita atenção aos parâmetros de qualidade ao comprar seus produtos. Confira as dicas para não ser enganado!
A CONATUS AMBIENTAL emprega os conceitos de economia circular para desenvolver materiais avançados que aumentam o desempenho de produtos ou serviços. Nosso foco é ter produtos altamente sustentáveis que resolvam gargalos da indústria.
Transformando o presente, para construir o futuro! Conatus inova ao converter resíduo industrial da Klabin em fertilizante de liberação lenta, aplicando Química Verde e Economia Circular. Apoiado por FINEP, FAPESP e CNPq, o projeto promove sustentabilidade e eficiência agronômica.
Descubra como a Inteligência Artificial está impulsionando a Química Verde, promovendo a sustentabilidade e o desenvolvimento de materiais mais eficientes. A IA está revolucionando a descoberta de novos compostos, otimizando processos químicos, analisando o ciclo de vida dos produtos e modelando pro
A CONATUS AMBIENTAL entrou em uma nova fase em 2022. A empresa está cada vez mais investindo em pesquisa, desenvolvimento e inovação e anuncia novos projetos!
Já pensou que você pode estar comprando produto adulterado? Você deve ter muita atenção aos parâmetros de qualidade ao comprar seus produtos. Confira as dicas para não ser enganado!
A equipe da CONATUS AMBIENTAL irá trabalhar em um projeto para ajudar a levar água com mais qualidade à população do semiárido brasileiro.
Conatus Ambiental receberá recursos da FAPESP para valida tecnologia de automação de estações de tratamento de água
A Conatus Ambiental foi reconhecida com o prestigiado Prêmio Kurt Politzer de Inovação durante o Encontro Nacional da Indústria Química (ENAIQ 2023), realizado no TEATRO.SP no WTC, em São Paulo.
A CONATUS AMBIENTAL foi selecionada para representar o Brasil em uma imersão de negócios no Chile! Confira!
A Conatus Ambiental venceu o Prêmio BID-FEMSA 2024 na Categoria Água com o projeto Água 4.0, que automatiza o uso de químicos em estações de tratamento, reduzindo impactos ambientais e custos. A conquista destaca a inovação brasileira e a Baixa Mogiana como polo de sustentabilidade global.
Nossa pesquisa continua chamando atenção de órgão de fomento. A CONATUS aprovou um projeto que visa utilizar resíduos industriais para formulação de fertilizantes mais eficientes.
A CONATUS AMBIENTAL emprega os conceitos de economia circular para desenvolver materiais avançados que aumentam o desempenho de produtos ou serviços. Nosso foco é ter produtos altamente sustentáveis que resolvam gargalos da indústria.
Esta semana nossas pesquisadoras encerraram a aceleração do PIPE Empreededor, organizada pela FAPESP!
Durante os três dias intensos da Hortitec 2025, em Holambra (SP), a Conatus Ambiental teve a oportunidade de se conectar com o presente e o futuro da horticultura brasileira.
Faça seu
Orçamento
Whatsapp Comercial
Este formulário é destinado ao atendimento por e-mail e possibilita ao participante encaminhar sua dúvida, sugestão ou reclamação. Mantemos o nosso compromisso de responder no menor prazo possível. Preencha o formulário para nos enviar um e-mail.